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Tomb Raider – A Origem [Resenha do Filme]

É difícil falar de Tomb Raider sem se lembrar de Lara Croft de Angelina Jolie que marcou uma geração inteira, não só para os fãs do videogame. No entanto, agora temos Tom Raider – A origem, baseado no novo reboot do jogo e dessa vez temos uma Lara menos encorpada, mas nem por isso menos forte. Pelo contrário, a protagonista de Alicia Vikander pode não ter o mesmo apelo em tela que Jolie, mas não deixa por menos no quesito de inteligência, força e determinação.
Logo de início percebemos que Lara Croft (Alicia Vikander) é uma mulher forte, que luta bem, mas não é perfeita e tem suas falhas. Vivendo de modo independente, a protagonista ignora a herança do seu pai que sumiu em uma aventura e vive de maneira simples e bem humilde. No entanto, existe uma pressão para que ela declare que o pai sumido está de fato morto e receba sua parte nos negócios da família, mas Lara descobre que Richard Croft (Dominic West) desapareceu numa missão bem misteriosa e que seu pai gostaria que ela destruísse suas pesquisas.
Instigada pelo mistério, Lara não acaba com as pesquisas do pai, mas vai em busca de sua possível localização, com a ajuda de Lu Ren (Daniel Wu). Os dois vão parar numa ilha em que uma organização quer a todo custo encontrar o túmulo de Himiko, algo que seu pai não gostaria que acontecesse. Na ilha, Lara vai descobrir mais sobre o “passatempo” de Richard, o que envolve o túmulo e encara algumas surpresas também no meio do caminho, tudo com muita ação e situações de difícil sobrevivência.
Lara persegue, é perseguida, caí de penhascos, escala, corre, pula, luta, atira com arco-flecha e faz de tudo um pouco, é simplesmente de tirar o fôlego! Antes de chegar na ilha, o enredo nos presenteia com boas cenas de ação na cidade, nos revelando mais sobre a personalidade da protagonista. Já na selva, fica bem evidente que Lara não é um mulher de desistir facilmente, mesmo quando tudo indica que nada vai dar certo. As lutas corporais foram excelentes e vemos que a personagem, ainda que seja total girl power, tem suas dificuldades, mas que sabe superar as adversidades com inteligência, às vezes mais até do que com a força. E se o enredo compõe uma Lara Croft mais humana e mais realista, por outro lado, se prestarmos atenção nos detalhes, vamos enxergar alguns exageros nas cenas de ação, aqueles momentos difíceis de acreditar, mas bem normais em longas do gênero.

A ambientação na selva é ótima e perfeita para um filme de aventura com muita ação, os movimentos de Lara lembram bastante os jogos de videogame e as situações também, como se fossem pequenas missões. Quase sempre que a protagonista se encontra em algum momento impossível de ser superado, aparece um item inesperado ou uma jogada inteligente da parte dela que acaba salvando-a. Lara está constantemente resolvendo partes do enigma que só é decifrado por completo no final e o filme além da ação, acaba tendo toques de mistério por conta de toda situação que envolve o mito de Himiko.
Alicia Vikander se saiu muito bem como a nova Lara Croft, menos perfeita, mas sempre muito inteligente e teimosa. Conseguimos perceber com mais clareza suas falhas, o que dá um toque mais real na personagem. Já Vogel de Walton Goggins é um vilão bem raso e nada original.
Apesar do exagero em algumas cenas e o roteiro ter se estendido em alguns momentos, sem grandes complexidades, o longa agrada bastante, principalmente para quem gosta de filmes com muita ação. Gostei de Alicia Vikander no papel da protagonista, que deixa de lado de fato a figura composta por Jolie.
Mesmo com modificações, os fãs vão conseguir identificar claramente no roteiro a base do jogo. E quem não conhece nada de Tomb Raider, não precisa se preocupar, não é preciso saber nada do game para compreender o filme, algo que é sempre bom quando se trata de adaptações.

Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Tomb Raider – A origem
Título: Tomb Raider
Diretor: Roar Uthaug
Data de lançamento: 15 de março de 2018
Nota:4/5

*conferimos o filme na cabine de imprensa
Michele Lima
Na Nossa Estante

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