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Tempestade de Cristal [Resenha Literária]

A série A Queda dos Reinos foi uma das melhores descobertas que fiz no ano passado. Comecei sem tanta expectativa e se tornou uma das minhas favoritas. A história vai evoluindo a cada livro e cheguei em Tempestade de Cristal sem saber o que o destino reservava para os personagens.
Finalmente o ship se consolidou no livro anterior, mas continua nada fácil a vida de Magnus e Cleo. Apesar de já aceitarem o sentimento que existe, os dois ainda têm planos diferentes para o uso da Tétrade, o que coloca em prova sua relação. Cleo continua determinada a ter seu reino de volta, assim como Magnus quer ver Mítica livre das mãos do seu tirano pai e Amara. Falando nos soberanos de Mítica, Gaius foi um personagem que eu jurava que ia morrer logo no começo, mas é aquela de que vaso ruim não quebra. Nesse livro, conhecemos um pouco melhor o Rei Sanguinário, principalmente fatos que o levaram a ser tão sem coração. Apesar de querer matá-lo em certas ocasiões, ele é um bom antagonista.
Com sua sede de poder, Amara agora é imperadora de Kraeshia e rainha de Mítica, disposta a ter os dois reinos aos seus pés. Quando a personagem apareceu lá em A Ascensão das Trevas (CLIQUE AQUI para ler a resenha), eu não tinha muito ideia do papel dela na história. Vinda de uma sociedade completamente misógina, Amara está determinada a mostrar que ela pode sim governar e o fato de ser mulher não influencia em nada, se tornando uma personagem que amamos odiar. Gosto muito dessa determinação e força de vontade da personagem, infelizmente aplicados de formas nada convencionais.
Finalmente a feiticeira da profecia teve mais destaque na história. Lucia é uma personagem que demorou um pouco a ter um amadurecimento, mas os acontecimentos finais em Maré Congelada (CLIQUE AQUI para ler a resenha) e a responsabilidade de uma nova vida em suas mãos fez a princesa de Limeros rever seus objetivos e seu papel em busca da Tétrade.
Jonas é aquele personagem que nunca entendi bem como ele se manteve vivo até agora, mas tenho que confessar que ele deu uma amadurecida desde A Queda dos Reinos (CLIQUE AQUI para ler a resenha). O líder da flopada rebeldia sofreu várias perdas no caminho e se isso não o fizesse crescer, eu teria que entrar no livro e ter uma conversa séria com ele. Admito que não gostei muito da artimanha que a Morgan criou para justificar a sobrevivência do personagem até agora, mas pelo menos ele anda sendo bastante útil.
Demorou bastante para Morgan colocar Jonas e Lucia como um casal. Isso era algo que eu já suspeitava desde o início da história, mas como eles quase não tiveram interações durante a série, eu até esqueci desse detalhe. Bom, não sei mesmo se esse casal vai virar casal de verdade verdadeira, mas gostei do desenvolvimento da relação entre os personagens e suas interações dão uma ar divertido em certos momentos na história.
Se existem dois personagens que já deveriam ter sido ceifados da história, esses são Ashur e Nic. Nic é o típico melhor amigo de infância que não acrescenta em nada na história, a não ser para colocar dúvidas na cabeça da mocinha – nesse caso, Cleo. OK que ele é uma ligação com o passado dela em Auranos, mas Cleo evoluiu tanto desde o começo da história e quando está com Nic ela se torna uma personagem insegura e indecisa. Ashur é outro personagem que eu pensei que teria um super destaque, visto seu plot no livro passado, mas teve tanta utilidade quanto um pente para uma pessoa careca. A vontade de arrastar a cara de cada um no asfalto quente é muito grande. Lá pela sua aparição em A Primavera Rebelde (CLIQUE AQUI para ler a resenha) ele prometia ser um personagem que acrescentaria muito à história, mas só acrescentou raiva mesmo nessa vida de leitora.
Agora sim, um personagem que eu não dava nada na história é Felix. Ele apareceu de forma sorrateira no terceiro livro e já foi bem mais útil do que um monte de personagem. Com sua sede de vingança contra Amara e seus comentários irônicos, ele se tornou um dos meus personagens favoritos.
Adoro o fato de que a Morgan não dá ponto sem nó. Tudo é intrinsecamente interligado, o melhor de tudo sem furos na história. E quando você acha que ela não pode mais te surpreender com alguma reviravolta, ela vai lá e prova que é capaz sim. Os capítulos finais são cheios de emoções e surpresas, culminando num final totalmente impactante e um tanto agoniante.
O sexto e último livro se chama Immortal Reign e está com lançamento nacional previsto ainda para o primeiro semestre. Terminei Tempestade de Cristal já na expectativa para o desfecho dessa história e tendo a certeza que Morgan Rhodes não irá decepcionar.
FICHA TÉCNICA
Título: Tempestade de Cristal – A Queda dos Reinos #5
Autor: Morgan Rhodes
Onde Comprar: Amazon
Na Nossa Estante

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