Cinco filmes para virar fã de Daniel Brühl

Daniel Brühl é um ator alemão (mas nascido na Espanha) que, nos últimos anos, conquistou seu espaço nas produções de Hollywood. Outro dia me dei conta de que ele é o ator mais presente na minha pequena coleção de DVDs, tanto em filmes alemães como em produções norte-americanas. Então, pra quem não conhece, eis aqui uma lista de cinco filmes com esse alemão tri fofo talentoso.
(Juro que o fator histórico dos filmes foi pura coincidência – mas, talvez, seja a razão dos filmes dele me chamarem tanta a atenção.)

Adeus, Lenin! (2003)

Sinopse: Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner (Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos. Enquanto a Sra. Kerner permanece acamada, Alex não tem muitos problemas, mas quando ela deseja assistir à televisão ele precisa contar com a ajuda de um amigo diretor de vídeos.
Esse é um dos filmes alemães mais conhecido dos últimos tempos. O lado histórico (a queda do Muro de Berlim) é apenas pano de fundo da história principal: um filho cuidando de sua mãe. Segundo o diretor, o sucesso do filme se deve justamente a isso, já que amor entre mães e filhos é algo universal. Sem dúvida alguma foi esse filme que colocou Daniel Brühl no radar de Hollywood.

Lições de um sonho (2011)
Sinopse: O diretor de uma rigorosa escola alemã para meninos contrata Konrad Koch (Daniel Brühl), um jovem professor para dar aulas de inglês. Ele é o primeiro a ocupar esse cargo em um colégio de ensino médio na Alemanha. Os dois procuram renovar os ares e a ideologia da instituição, enfrentando resistênica do corpo docente. Para aumentar o interesse dos alunos, Koch usa um método diferente, e apresenta a eles um novo esporte vindo do Reino Unido: o futebol.
A história real de como o futebol chegou na Alemanha traz muito mais que isso: é uma aula sobre a educação tradicional e elitista do fim do século XIX. Acho impossível alguém não se encantar com esse filme – além de sentir as angústias dele. Só na segunda vez que vi o filme é que reconheci Brühl através do seu sorriso único. Muito, muito amor por esse filme.

Rush: No limite da emoção (2013)

Sinopse: Anos 1970. O mundo sexy e glamouroso da Fórmula 1 é mobilizado principalmente pela rivalidade existente entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth). Eles possuíam características bem distintas: enquanto Lauda era metódico e brilhante, Hunt adotava um estilo mais despojado, típico de um playboy. A disputa entre os dois chegou ao seu auge em 1976, quando ambos correram vários riscos dentro do cockpit para que pudessem se sagrar campeão mundial de Fórmula 1.

Dos filmes que eu só parei pra assistir porque reconheci o Daniel Brühl (apesar de terem acabado com o sorriso lindo dele) e me encantei por completo. Nunca me interessei por Fórmula 1 e certamente não assistiria a um filme por ser o mesmo ator de Thor (tenho certeza que alguém fez ou fará isso), mas o filme que só comecei a assistir por causa do Brühl acabou se tornando um dos meus favoritos no que se refere a cinebiografias. E, claro, como não poderia deixar de ser, virei uma baita fã de Niki Lauda.

A dama dourada (2015)

Sinopse: Década de 1980. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro “Woman in Gold”, de Gustav Klimt – retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado, inexperiente e idealista (Ryan Reynolds).

Outro dos filmes que assisti por ter o Brühl no elenco e, apesar dele apenas auxiliar os personagens principais, não tive como não me impressionar com filme. Outra história real, o filme mostra luta pela resgate de uma das tantas obras roubadas dos judeus pelos nazistas. E não é uma obra qualquer: é a ‘Monalisa da Áustria’, como o personagem de Brühl tão bem define. Um tema extremamente atual, pra não dizer recente, já que há pouco tempo começou esse debate de devolver obras roubadas no governo de Hitler aos herdeiros dos verdadeiros donos (quando estes são localizados, claro).

Alone in Berlin (2016)

Sinopse: Na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. na década de 1940, o casal de operários Otto (Brendan Gleeson) e Anna (Emma Thompson) recebem a notícia de que seu filho único foi morto em combate. Inconformados com o fato, eles decidem tomar providências contra os nazistas e resistir da sua forma, mas, logo eles caem na mira da Gestapo.

Eis-me fazendo propaganda de um filme que ainda não vi, até porque, ao que parece, ele ainda não chegou ao Brasil. Até comprei o DVD na Alemanha, mas quero ler o livro de Hans Fallada antes. O que me faz ter certeza de que esse filme deve ser visto é uma fala de Emma Thompson no Festival de Berlim, onde foi apresentado no início de 2016: “O filme foi feito em inglês porque os alemães já conhecem essa história. Eles viveram isso. O mundo precisa saber.” O livro é tri antigo, mas só agora foi adaptado porque, pelo que li, nos últimos anos foi lançada uma nova edição nos EUA do livro de Fallada (no original em alemão “Jeder stirbt für sich allein” – algo como “Todos morrem completamente sozinhos”) que virou best-seller. Até onde sei, o livro também não foi publicado por aqui.

Ok, vamos pra um bônus porque eu não resisto:

Amor e revolução (2015)

Sinopse: Chile, 1973. Em meio ao golpe de estado que derrubou o presidente eleito Salvador Allende e possibilitou a ascensão do ditador Augusto Pinochet, as massas estão nas ruas protestando, entre eles um casal alemão, Lena (Emma Watson) e Daniel (Daniel Brühl). Quando o rapaz é levado pela polícia secreta de Pinochet, Lena procura por ele e descobre que seu amado está em um lugar chamado Colonia Dignidad, uma suposta missão de caridade dirigida por um pregador (Michael Nyqvist), só que na verdade é uma prisão de onde ninguém nunca escapou. A fim de encontrar Daniel, a moça decide se juntar ao culto religioso da Colonia.

Matemática simples: Daniel Brühl + Emma Watson + tapa na cara ao ter que encarar mais um pouco da  podridão da história da América Latina. Como não recomendar?

E aí, já conheciam Daniel Brühl? A lista de filmes com ele é grande, mas acho que, pra quem não conhece, ao assistir esses não tem como não admirar esse baita ator. Se alguém viu outro filme com ele e quiser recomendar, esteja à vontade, estarei de olho nos comentários. 🙂

Ana Seerig 

Na Nossa Estante

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