Twin Peaks foi o maior fenômeno pop da década de 90. A impecável primeira temporada (com apenas 8 episódios) trouxe uma estética de cinema para a TV norte-americana e apesar de manter aquela essência das Soap Operas, conseguiu mobilizar a audiência com a pergunta que não queria calar: Quem matou Laura Palmer?
Ja a segunda (com 22 episódios!!!), desandou quando Lynch foi pressionado pelo estúdio a revelar logo quem seria o assassino. Isso foi feito no 6° episódio, fazendo com que a trama ficasse cansativa e sem fôlego.
E a promessa que Laura Palmer fez dizendo que nos veríamos em 25 anos, foi cumprida – em 2017 Twin Peaks voltou com 18 episódios, todos escritos e dirigidos por David Lynch, exercitando aqui todo seu já reverenciado estilo.
Como era de se esperar, muitas respostas foram dadas e muitas outras dúvidas surgiram, para deleite dos aficionados e fúria dos novos adeptos. A nostalgia bate forte ao vermos todos os personagens agora envelhecidos e ainda muito interessantes, e o elenco extremamente afiado – todos os veteranos e os novatos dão um show em cena.
Kyle MacLachlan particularmente se sai muito bem (agora em papel duplo) e leva seu icônico personagem a outro patamar, enquanto Naomi Watts (que já foi dirigida por Lynch em Cidade dos Sonhos) também marca presença com sua habitual competência. Ainda temos Laura Dern, a revelação Chrysta Bell, os sempre ótimos Tom Sizemore e Grace Zabriskie, David Duchovny, Ashley Judd e inúmeras participações especiais (num total de 217 personagens) além de números musicais encerrando cada episódio.
Se o mistério em torno do assassinato e do assassino de Laura Palmer já tinha sido revelado, a terceira temporada basicamente se ocupa em mostrar a saída do detetive Cooper do Black Lodge e sua tentativa de trocar de lugar com seu “duplo” que é vilão e ocupa seu lugar aqui na Terra. No desenrolar da narrativa, acompanhamos os personagens antigos ainda em Twin Peaks levando aquela mesma vida e os efeitos da morte de Laura Palmer nos dias atuais.
Não esperem respostas fáceis, em se tratando de Lynch, tudo caminha para o lúdico, o experimental e uma estética de arte surpreendente e arrebatadora, ainda que de difícil compreensão/assimilação – principalmente no belíssimo episódio 8.
Lembrando que é recomendado assistir à essa terceira temporada quem já viu as duas primeiras e o longa Twin Peaks: Os últimos dias de Laura Palmer.
Nota 10/10
E que venha a 4° Temporada para explicar porque __ está em ____ aparentemente num ____ e o que vai acontecer com __ ___ agora.
Italo Morelli
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Oi Italo,
Estou querendo ver essa série, mas queria ver as temporadas antigas e isso só online né?
Vou tentar achar para me atualizar logo.
Beijo
http://estante-da-ale.blogspot.com.br
Gostei da dica Ítalo. Não assisti Twin Peaks, mas acho interessante uma série ter um período de hiato tão longo e voltar com todo o gás. Abraço!
http://www.newsnessa.com
Oi Italo!
Eu assisti as duas primeiras temporadas de Twin Peaks e não era exatamente uma fã, mas gostava da série. Comecei essa terceira temporada (sem ter assistido o filme), mas por enquanto estou apenas no episódio 10. Como vc disse, quando se trata de Lynch nada é fácil, e confesso que, às vezes, esse lúdico e experimental me cansa um pouco. Então assisto em doses homeopáticas hehe
Beijos,
Alem da Contracapa
Nunca assisti essa série, mas já vi que os figurinos parecem ser super interessantes. Gostei da ideia da história..
http://www.vivendosentimentos.com.br
Nunca assisti a série, mas vi que esse ano ela foi super comentada, até achei que fosse uma série nova, não imaginava toda essa estrada que ela já percorreu!
http://www.estante450.blogspot.com.br
Oi mi, tudo bem?
Eu não conhecia esta série, apesar do nome não me soar estranho. Eu curti muito a sua animação e sinceridade em falar da série... talvez eu venha assistir. xero!
https://minhasescriturasdih.blogspot.com.br