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Jogos Mortais: Jigsaw [Resenha do Filme]

Conferimos a cabine de imprensa de Jogos Mortais: Jigsaw.

John Kramer
está de volta! Acredite se quiser. Assim como Michael Scofield, de Prison Break; Jon Snow, de GoT; e até mesmo o Kenny, de South Park; entre tantos outros, Kramer está de volta. Mas será que ele realmente voltou ou seria apenas um copycat mantendo viva a tradição de “jogar” com pessoas escolhidas a dedo por suas ações que, na visão do nosso querido/odiado Jigsaw, não deram o devido valor ao maior de nossos prêmios: a vida?
Tudo começou em 2004, com James Wan nos trazendo aquela angustiante e horripilante história de dois estranhos que acordam numa sala, acorrentados e sem qualquer lembrança de como foram parar lá, tendo que lutar para sobreviver. A primeira aparição de Jigsaw é realmente capaz de causar gélidos arrepios e, para fãs do gênero, uma quase falta de ar de tanta emoção. Ao final daquele capítulo, não esperávamos que fosse render tanto. Não havia nenhuma sombra de dúvidas que queríamos mais: queríamos conhecer mais do serial killer que perpetrou tamanha maldade; queríamos mais detalhes e saber das razões que o motivaram a tal sangria. O problema é que tivemos muito mais. Os três primeiros alimentaram bem nossas curiosidades, mas logo começamos a perceber que estava tudo muito gratuito e havia pouca consistência na amarração das histórias. O mais importante era mutilar e fazer sangrar. Começamos a não entender muito bem para onde éramos levados e começamos a nos sentir como suas vítimas: desorientados e querendo liberdade.
Dessa vez, o que temos é um filme frenético desde os primeiros segundos e que procura manter o frenesi em alto-grau por toda hora e meia que nos vemos envolvidos, mais uma vez, pelas armações mortíferas de Kramer (mais uma vez, friamente interpretado por Tobin Bell). Dessa vez vamos nos deparar com Logan Nelson (Matt Passmore), o médico legista, e sua bela assistente, tatuada e fã de Jigsaw, Eleanor Bonneville (Hannah Emily Anderson).
Logo no começo do filme entram em cena também os detetives Halloran (Callum Keith Rennie) e Keith Hunt (Clé Bennett). E praticamente toda a história dessa volta (?) de Kramer irá girar em torno dessas quatro personagens. Nenhuma delas cativante o suficiente, por mais que os irmãos Spierig tentem nos convencer disso do primeiro ao último minuto. Os jogos iniciam e as mortes começam vir a público, levantando medo e angústia na população. Não demora muito para sabermos que Keith Hunt conhece Logan, serviram juntos na guerra e talvez seja por isso que falta a Hunt uma total confiança em Logan. Halloran, por outro lado, fica no encalço de Eleanor, o que faz com que Hunt descubra uma espécie de museu dedicado a Jigsaw e suas armadilhas de brincar de morrer, que a mesma mantém num galpão.
A reaparição de Kramer é revelada (?) sem muitas delongas: sob um capuz e alguns poucos segundos após os dois últimos sobreviventes da rodada aparecerem, nos é mostrada a identidade do mentor dos jogos da vez. Antes, porém, já havia sido questionada a procedência do sangue encontrado debaixo das unhas da primeira vítima: como poderia ser de John Kramer se ele estava morto há anos?! E não havia sido levantada a possibilidade de um copycat estar agindo? Logo logo, as peças desse quebra-cabeças serão reveladas. E se você irá se envolver na história ou se não será nenhum pouco atingido por ela, vai depender do quão fã você é da franquia Jogos Mortais. Se estava com saudades da visão torpe e vingativa de Jigsaw, talvez você goste desse capítulo. Se já se satisfez com os sete filmes anteriores, entre sentimentos de amor e ódio, talvez devesse então se poupar pra não passar muita raiva.
Trailer:

FICHA TÉCNICA
Título: Jogos Mortais: Jigsaw
Título Original: Jigsaw
Direção: Michael Spierig, Peter Spierig
Data de Lançamento: 30 de novembro de 2017
2.0/5.0

Cristiano Santos 

Na Nossa Estante

View Comments

  • Oi Cristiano!
    Eu gostei bastante do 1º filme, o segundo já achei meio "meh"... Quando virou série então, desisti de acompanhar. Por isso nem tenho vontade de ver esse filme.

    Beijos,
    Sora | Meu Jardim de Livros

  • Primeiro, parabéns... Véi, que resenha bem escrita!
    Segundo, confesso que eu sou um tanto quanto mórbida, eu gosto de saber sobre histórias de Serial Killers, o que os leva a maldade. Sei lá, talvez eu goste mesmo é de psicologia criminal. Mas, Jogos Mortais é muita adrenalina/desespero para o meu ser, os trailers já me deixam ansiosa, então eu evito assistir os filmes da franquia.
    Abs, http://www.apenasleiteepimenta.com.br

    • Hehehehe, pô Leslie, acho que devia tentar!
      E obrigado pelo elogio o/
      E seu comentário tbm tá uma delícia :D
      gde abraço

  • Olá, Cristiano.
    Eu amei o primeiro filme. Mas depois achei que a coisa foi mudando e as cenas eram muito fortes pro meu estomago hehe. Mas pretendo assistir esse. Como já assisti todo os outros, vou querer continuar a história hehe.

    Prefácio

  • Oi Cristiano!
    Adoro a franquia,mas sabe quando você tem a sensação de que já deu o que tinha que dar?
    A franquia é mega inteligente,muito bem elaborada,mas chega uma hora que tudo tem que ter um fim.
    Vou ver mais de curiosidade mesmo,saber o que resolveram fazer dessa vez,mas sem nenhuma expectativa.
    Abraços!

    http://livreirocultural.blogspot.com.br/

  • O único aspecto positivo talvez seja o facto de acabar relativamente depressa. Vale lembrar que diretor James Wan e o roteirista Leigh Whannell (do óptimo Sobrenatural: A Última Chave) , ambos do filme original, estão à bordo como produtores executivos. Com “Jigsaw” tinham aqui a tentativa de fazer um soft reboot à saga, ou pelo menos tentar progredir e criar algo de novo e original, mas nota-se que faltou a coragem, e o produto final é uma cópia de tudo o que já vimos antes. As reviravoltas são esperadas e óbvias, as armadilhas são fracas e já não têm qualquer impacto e há momentos com tantas lacunas em lógica e coerência que simplesmente desisti de prestar atenção. Existem óbvios problemas de contraste entre as duas narrativas e o momentum é perdido várias vezes quando saltamos de uma para outra. O diálogo é ridículo e embaraçoso, e há imensos momentos forçados e clichés que rapidamente se tornam irritantes e frustrantes. Mas o mais absurdo talvez seja a seriedade com que o filme tenta abordar o elemento dramático que nunca chega realmente a existir.

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