Dona Flor e seus dois maridos [Resenha do filme]
Conferimos a Cabine e Coletiva de imprensa de Dona Flor e seus dois maridos. |
Quando começaram as divulgações de Dona flor e seus dois maridos a primeira coisa que pensei foi: tem livro, filme, minissérie, pra que mais? Mas o diretor Pedro Vasconcelos respondeu minha pergunta na coletiva de imprensa. Essa nova versão é baseada na peça de teatro que usa bastante o próprio texto de Jorge Amado, sendo bem fiel à obra.
O filme é claramente dividido em três partes: quando Flor (Juliana Paes) conhece e se apaixona por Vadinho (Marcelo Faria), o segundo casamento e o final em que a protagonista decide o que será da sua vida. Vadinho é um homem mentiroso, jogador, sem dinheiro, infiel, egoísta e malandro. No entanto, quando a questão é sexo não existe ninguém melhor pra Flor do que o marido. Em um carnaval Vadinho morre, deixando a esposa desolada, mas um tempo depois a protagonista resolve se casar e dessa vez escolhe um marido bem diferente: o farmacêutico Teodoro (Leandro Hassum), um homem religioso, bondoso, generoso, metódico e péssimo no sexo. Frustrada sexualmente, Flor começa a sentir falta do marido e como seu desejo é muito intenso, Vadinho volta em espírito para saciar sua esposa!
Flor é uma mulher que vive em conflito, ela não quer trair o atual marido, mas visivelmente deseja o anterior e mesmo sendo o espírito dele, acredita que estará traindo Teodoro. A personagem insiste que o espírito vá embora, mas também o quer por perto. O conflito entre os maridos gera uma boa tensão na trama e momentos bem engraçados. Vadinho é um malandro irrecuperável, mas sabe como satisfazer sua esposa e não se incomoda de modo algum que ela tenha um novo marido. Como ele mesmo diz, Teodoro dá a Flor tudo aquilo que ele nunca conseguiu dar e agora morto, jamais fará. Aliás, existe uma conformidade em Vadinho sobre si mesmo que chega a ser cômica.
Um dos pontos mais interessantes na trama de Jorge Amado é que a obra é ambientada nos anos 40 em Salvador e o autor fala abertamente sobre o desejo sexual da mulher, sem pudor e sem nenhuma vergonha. Flor pode ser uma protagonista de início inocente, mas ao poucos vai entendo a importância do sexo em sua vida, fazendo da protagonista uma forte personagem em relação ao feminismo, afinal, o prazer da mulher por muito tempo foi um grande tabu, principalmente na época em que se passa a história.
O diretor Pedro Vasconcelos explicou que o filme foi baseado na peça de teatro e que é produzido por Marcelo Faria. O diretor também falou da importância de Flor como personagem feminina, já que o texto de Jorge Amado fala de libertação sexual.
Hassum estava bem descontraído e comentou da importância do apoio ao cinema nacional e agradeceu as distribuidora Paris Filmes, Universal Pictures e Downtown Filmes por apoiar Dona Flor e seus dois maridos. Já Juliana Paes falou que o ambiente no set era muito bom, que todos se tratavam muito bem o que facilitou as cenas.
Dona Flor e seus dois maridos já estreou no nordeste e agora no Rio de Janeiro e São Paulo estreia dia 23 de novembro.
Michele Lima
Olá, Michele!
=)
Eu era bem criança quando assisti à versão da Rede Globo. Eu assistia escondido, viu (rs.).
Eu ria muito e me acanhava todo com as cenas eróticas.
Enfim…
Na entrevista para o jornal daqui o diretor disse comentou também sobre essa refilmagem ser mais fiel à obra, sobre ser baseada na peça teatral.
E olha… Vadinho é um personagem que é bem quente e bem atraente. Já quero ver o filme (rs.).
Bjão.
Di, Blog Vida & Letras.
http://www.blogvidaeletras.blogspot.com
Oi Mi, tudo bem??
Interessante esta nova versão, confesso que até hoje só li mesmo o livro haha… mas lendo a sua resenha e como foi desenhada a trama do filme me senti curiosa. Xero!!
https://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/
Michele, não assisti ainda a essa versão, mas fiquei super curiosa! Deve ser super boa mesmo!
Beijo!
Cores do Vício