Top 5: filmes guilty pleasures

Todo mundo tem um guilty pleasure guardado a sete chaves com vergonha de dizer! Mas nós não, tanto que fiz um top de filme ruins, ruins de doer, mas que eu adoro mesmo assim!
Fome Animal (esse filme é podre, amo!)
Acreditem se quiser, mas esse filme trash e escatológico ao extremo foi dirigido pelo Peter Jackson nos primórdios de sua carreira e conta praticamente com a mesma equipe que trabalhou com ele em O Senhor dos Anéis! A trama é absurda e, apesar do sangue jorrar solto, é um bocado divertida. A mãe possessiva de um rapaz (em excelente e premiada atuação da atriz Elizabeth Moody) é mordida por um perigoso macaco da Sumatra ao perseguir o filho num zoológico enquanto ele passeia com a namorada. Aos poucos ela se transforma em zumbi e passa a morder as pessoas e espalhar o caos. O “herói” contará com a ajuda de sua amada, um padre mestre em artes marciais e de um cortador de grama para enfrentar a horda dos famintos. Em uma das melhores cenas, ele é perseguido por um intestino humano! O divertido roteiro ainda reserva espaço para um mal resolvido complexo de Édipo. Prepare o estômago e divirta-se!

O contador


Enquanto rolava a novela “Ben Affleck será ou não será o Batman?”, Ben fez deste filme um ensaio pro seu futuro (ou não) filme do Batman. Duvida? Então repare bem: O personagem do Ben é o próprio Batman (guardada as devidas proporções), sedento por justiça e mestre em lidar com a bandidagem.Anna Kendrick, sua parceira em cena, interpreta a Robin Tatá Werneck e ajuda atrapalhando o tempo todo – fora a tensão sexual constante entre os dois, que também acontece com Batman e Robin kkkkkk. O ótimo J. K. Simmons é o próprio comissário Gordon da estória (fica a dica) e, a exemplo de todos os filmes do Homem Morcego, temos ótimos coadjuvantes em cena: Jon Bernthal, Jeffrey Tambor, John Lithgow e Cynthia Addai-Robinson. O filme também guarda semelhanças com o Gênio Indomável, pelo qual Ben levou o Oscar de roteiro e as cenas de ação lembram as do também ótimo John Wick. E com tantas qualidades, por que o filme está nesse Top 5? Bem, a estória é pra lá de absurda e algumas passagens (como a da garrafa térmica amassada) são difíceis de engolir. Mesmo assim, vem continuação aí!

Mamãezinha querida
Esse filme era pra ter sido a cinebiografia da atriz Joan Crawford, mas…virou uma comédia involuntária constrangedora, tamanho os absurdos das situações. Nunca mais Faye Dunaway, que era uma das estrelas de Hollywood nos anos 70, se recuperou desse fiasco. A péssima direção e as atuações canastronas fazem com que as situações sérias adquiram um tom cômico inusitado, e só nos resta rir dos “momentos dramáticos”, como a famosa cena da surra de cabide. Todos nós sabemos que Joan era uma figura difícil e isso a fez sobreviver durante anos na indústria cinematográfica, mas o roteiro baseado no livro da própria filha adotiva da Joan, parece tirado de algum tabloide e escrito pela Sônia Abrão! Não percam essa pérola!
Diabolique


Refilmagem do clássico francês Les Diaboliques, um filme de terror sério estrelado pela francesa Simone Signoret e a brasileira Vera Amado, esposa do diretor. Pra se ter uma ideia, a cena em que as duas tentam afogar marido/amante na banheira, só perde pra cena do chuveiro de Psicose e geralmente é cortada quando o filme é exibido na TV. Essa refilmagem é tão ruim, que é boa. No lugar de Simone, temos Sharon Stone usando roupas coladas de oncinha e no lugar de Vera, Isabelle Adjani na pior (e mais divertida) atuação da sua carreira. Chazz Palminteri dá um show de canastrice no papel do marido/amante e a detetive (que no original francês era homem) ficou a cargo da sempre ótima Kathy Bates, que suga qualquer um que apareça em cena. O filme força algumas cenas “engraçadinhas” quando tudo deveria ser sério, tirando assim qualquer tentativa de defende-lo. Mesmo assim é um bom passatempo, mesmo que você passe as próximas horas se perguntando por que permitiram a refilmagem…
IT – Uma obra-prima do medo

Aproveitando que a refilmagem já estreou, vou falar um pouco dessa primeira adaptação da lista telefônica chamada It. Nunca li o livro (mas vou comprar quando baratear mais um pouco rs), porém foi apontado na época como uma boa adaptação de uma obra do Stephen King… Ah vá! Tirando a brilhante caracterização e atuação do Tim Curry no papel do palhaço, o que temos aqui é uma mistura de Conta Comigo com Carrossel e, apesar de alguns poucos momentos dramáticos até que bem feitos, faltou um diretor um pouco mais ousado e outro veículo de exibição, já que o fato de ter sido feito pra TV, (foram 2 episódios num total de 192 minutos) limitou e muito o fator terror que é a essência da obra. Levando em consideração tudo isso, pelo menos há que se elogiar o fato de terem tirado o filme do papel e, como demorou 27 anos pra se fazer outro, esse tem um lugar especial na minha memória afetiva. Podem me internar se quiserem, mas o visual deste Pennywise é insuperável, o novo não chega nem perto.


Italo Morelli


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