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O contador [Resenha do Filme]

Conferimos a Cabine de Imprensa de O Contador pela Warner Bros.
Sinopse: Christian Wolff (Affleck) é um portador da Síndrome de Asperger com mais afinidade por números do que por pessoas. Tendo um escritório de contabilidade em uma cidadezinha como fachada, ele trabalha como contador autônomo para algumas das mais perigosas organizações criminosas do mundo. Com o Departamento Criminal do Ministério da Fazenda, coordenado por Ray King (J.K. Simmons), começando a fechar o cerco, Christian aceita um cliente legítimo: uma empresa de robótica de última geração onde uma assistente de contabilidade (Anna Kendrick) descobre uma discrepância envolvendo milhões de dólares. Porém, conforme Christian desvenda os registros e se aproxima da verdade, a contagem de corpos começa a subir.

A minha resenha sobre o filme O Contador não poderia começar de outra maneira: Ben Affleck. De muitos filmes que nosso ‘querido’ super-hiper-mega-ultra péssimo ator já fez, se vi quatro deles, foi muito. Em O Gênio Indomável ele foi brilhantemente encoberto pelo talento do muito bom Robin Williams. Em Procurando Amy, eu nem lembro da personagem dele. Em Barrados no Shopping, estava tudo ali meio que no nível dele (mas nenhum chegando realmente lá, tão baixo) – ainda que eu goste do filme. Garota Exemplar foi o único filme em que esse ser dotado de destreza zero na arte de atuar conseguiu me fazer acreditar um pouquinho na história de Nick Dunne

Enfim, confesso que Ben Affleck sempre foi razão para eu não assistir um filme. Porém, a premissa desse O Contador parecia interessante – e tocava Everything In Its Right Place, do Radiohead, no trailer. Lá fui eu. OK. Não tem jeito. O pouco que ele conseguiu em Garota Exemplar foi por água mais que abaixo nesse O Contador. E, por favor, não me venham com a desculpa esfarrapada que autistas não demonstram emoção e foi isso o que aconteceu. Alto lá! Desculpem-se com os autistas vocês que disseram isso, pois o que realmente aconteceu aqui é que, mais uma vez, Ben Affleck não conseguiu dar vida a Christian Wolff. Em nenhum momento temos um ator (?) nos convencendo do fato de que aquele homem ali é uma personagem crível. Ele não está na personagem. Ele pode até ter tentado, mas faltou habilidade de ator para tal.
Entretanto,o filme não é apenas Affleck. Temos Seth Lee (que tenta também, e talvez consiga um pouco mais que Ben), fazendo o jovem Wolff. Temos Anna Kendrick, a engraçadinha Dana, e o talentosos J.K. Simmons (Ray King), Jeffrey Tambor (fazendo o colega de cadeia de Wolff, Silverberg), Jon Bernthal (Brax) e John Lithgow (Lamar Black). Sem esquecermos de Cynthia Addai-Robinson, no papel da agente Marybeth Medina.
Acompanhamos a vida de Christian Wolff, entramos e saímos de alguns flashbacks e somos introduzidos à algumas questões que são muito mais claras, e quase óbvias, aos espectadores do que à trama em si. As surpresas são mesmo para as personagens e não para nós. Não somos instigados, nem fisgados. Os minutos passam e vamos simplesmente seguindo a história. Tem referência/reverência a Jackson Pollock: um ponto para eles! E o filme chega ao fim. Acabou e nada mais nos resta fazer a não ser levantar e ir embora pra casa, desejando tanto que Christian Wolff tivesse tido a sorte de ser interpretado por alguém que fizesse jus ao envolvimento que a personagem precisava – como Daniel Day Lewis, absolutamente brilhante e entregue à paralisia cerebral de Christy Brown em Meu Pé Esquerdo, de arrepiar só de lembrar.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: O contador
Título Original: The Accountant
Diretor: Gavin O’Connor
Data de lançamento no Brasil: 20 de outubro de 2016

Nota: 2.5/5.0


Cristiano Santos

Na Nossa Estante

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