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Doutor Estranho [Resenha do Filme]

Conferimos a Cabine de Imprensa de Doutor Estranho pela Disney.
Surreal e psicodélico! É assim que defino Doutor Estranho! Tão psicodélico que em uma sala IMAX em 3D é possível até sentir tontura tamanho é o efeito! Porém, não é só de bons efeitos que o longa é feito! Um bom roteiro, bem dinâmico e nada lento faz com que Doutor Estranho seja mais um filme de qualidade da Marvel.
Já na introdução podemos ver o uso de cenários mais surrealistas em que a realidade é questionada. Depois, vemos como o cirurgião Stephen Strange (Benedict Cumberbatch, série Sherlock) passa de arrogante e metido para um homem desesperado por cura. Strange, como muitos médicos, possuem o complexo de Deus, já que salva vidas e é muito bom no que faz, mas um acidente afeta suas mãos que ao tremerem o impossibilita de fazer a única coisa que ele parece saber fazer. E isso é tão forte para o protagonista que ele recusa todo e qualquer outro título que possam dar a ele. Strange é um doutor e faz questão de lembrar isso a todo momento.
Ao saber que existe um lugar que possa curá-lo, Strange gasta os últimos centavos para encontrar um santuário onde a anciã possui poderes quase que místicos. Mesmo afirmando que só quer curar suas mãos, a curiosidade de Strange é tão grande que ele descobre ter mais poderes do que imaginava e acaba se envolvendo nos problemas do santuário, já que um antigo aluno colocará em risco as leis da natureza.
O longa é repleto de ação e não demora muito para Strange estar envolvido na trama principal. Apesar de ser um novo herói no cinema, Doutor Estranho não peca por uma introdução enfadonha, apresentando uma história agitada, acelerada e que flui rapidamente.
Personagens como a Anciã e Mordo são importantíssimos para a trama, mas acredito que a trajetória da mestra seja previsível, principalmente se a gente levar em conta as relações entre professores e alunos de muitos filmes. Também não temos um vilão super complexo ou profundo, mas ainda assim, o roteiro surpreende principalmente por Strange usar muito mais a inteligência do que a força.
Como em todos os filmes da Marvel, existem bons diálogos com alívio cômico. Com o recurso do anticlímax e do imprevisto, a comédia é inteligente e diverte tanto quanto a ação, mas sem nenhum exagero, bem menos até do que foi o primeiro Os Vingadores (2012).
O espaço e o tempo são personagens usados como ferramentas dessa história e até me lembrou um pouco o filme Interestelar (2014), onde a gravidade é bem diferente de tudo que aquilo que imaginamos. E gostei de ver a relação de Strange com sua capa, assim como as cenas em que atravessa as dimensões.
Em relação aos atores, Benedict Cumberbatch está ótimo e seu personagem que começa sem muito carisma, acaba conquistando o público no final. Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão), Mads Mikkelsen (série Hannibal) e Tilda Swinton (Ave, César!) também estão excelentes na trama, mas gostaria de ter visto mais da Rachel McAdams (Questão de Tempo).
Doutor Estranho pode parecer ser um filme isolado dos outros da Marvel, mas não é, inclusive uma das cenas pós-créditos mostra bem o quanto o longa está conectado com os outros filmes. Já a segunda cena pós-créditos deixa um excelente gancho para a continuação. Assim, não saiam do cinema antes do final dos créditos, embora vocês já devem saber disso.
Com uma execução de roteiro perfeita, efeitos especiais impecáveis e personagens fortes, Doutor Estranho é mais um herói da Marvel que fará sua história nos cinemas.

Trailer:



FICHA TÉCNICA
Título: Doutor Estranho
Título Original: Doctor Strange
Diretor: Scott Derrickson

Michele Lima

Na Nossa Estante

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