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Meu amigo, o dragão [Resenha do filme]

Conferimos a Cabine de Imprensa do filme Meu amigo, o dragão. Filme estreia dia 29/09/2016

Talvez alguns se lembrem do clássico Meu amigo, o dragão (Pete’s Dragon) de 1977, baseado no conto de S.S. Field e Seton I. Miller, em que o monstro do menino Peter tinha um cabelo cor de rosa. Quase 40 anos depois temos um remake da Disney com toda a tecnologia que os tempos modernos nos deram.
A cena de introdução do filme já pode fazer os mais sensíveis se emocionar. Em uma viagem o garotinho Peter, de quatro anos, perde os pais em um acidente de carro e sozinho na floresta conhece um dragão, que ele chama de Elliot, uma referência ao livro que estava lendo no momento do acidente. Seis anos depois vemos Peter e o dragão numa amizade bonita de extremo companheirismo, mas é visível que o garoto, agora com 10 anos, sente falta dos humanos. Peter se comunica bem, já até sabia ler quando ficou só na floresta, mas não precisa de palavras para entender seu amigo Elliot, que nunca foi descoberto porque tem o poder de se camuflar.
O longa começa realmente de fato quando a garotinha Natalie (Oona Laurence) o encontra na Floresta. A menina é filha de Jack (Wes Bentley) namorado da guarda florestal Grace (Bryce Dallas Howard) e sócio da empresa que extrai madeiras da floresta. Jack e seu irmão Gavin (Karl Urban) discutem constantemente devido aos locais de exploração, já que Gavin não se preocupa muito com a natureza.
Quando Natalie encontra Peter, Grace tem uma ligação imediata com o garotinho, mesmo porque seu pai, personagem de Robert Redford, sempre afirmou que viu um dragão na Floresta, mas ninguém nunca acreditou. A partir de então, a história se desenvolve em descobrir quem é Peter e começa uma enorme caçada, iniciada por Gavin, para prender Elliot,
Meu amigo, o dragão apresenta elementos que já vimos em filmes como Mogli: aventura, companheirismo com os animais e proteção a natureza. Adicionamos isso a um toque de magia na história trazida pelo personagem de Elliot. Para embarcar no enredo é preciso embarcar na fantasia, acreditar que apesar de absurdo, um dragão vive de fato na floresta. Porém, ao contrário de Mogli, o longa tem menos cenas de ação, a não ser pela sequência final, tendo um ritmo às vezes mais lento, principalmente nas cenas que introduz a amizade de Peter e Elliot.
É perceptível que a proposta do filme não é mostrar algo infantil repleto de diálogos engraçados ou cenas mais rápidas. A dinâmica aqui é outra, é mais reflexiva, com tons mais dramáticos em que é possível se emocionar verdadeiramente com Peter se sentindo acuado na cidade ou com Elliot tentando se libertar de seus predadores. Temos um claro vilão, Gavin, e uma clássica mocinha, Grace, e neste quesito os personagens não fogem dos padrões clichês, muitas vezes até necessários em filmes do gênero.
Em suma, Meu amigo, o dragão, ainda que não seja um longa que impressiona por originalidade, pode impressionar pela dramaticidade em alguns momentos, com uma boa trilha sonora, excelente fotografia e um enredo simples, mas que pode comover tantos os adultos como as crianças.
Trailer:

Dados do Filme

Título: Meu amigo, o dragão
Título Original: Pete’s Dragon
Diretor: David Lowery
Ano: 2016

Michele Lima

Na Nossa Estante

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