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Nerve – Um jogo sem regras [Resenha do Filme]

Conferimos a Cabine de Imprensa do filme Nerve

Vou começar essa resenha dizendo que provavelmente você irá ficar de saco cheio do tanto que vão falar de Nerve, do quanto irão celebrá-lo, esmiuçá-lo, descobrir coisas conectadas ao filme e postar cada uma delas em todas as redes sociais possíveis e imagináveis. Claro que esse é um filme feito para um publico alvo que irá consumí-lo in large gulps! Mas… e daí? Se você não consegue acompanhar a rapidez com que os memes e gifs invadem a internet, ou de como celebridades são criadas da noite para o dia e desaparecem sem qualquer traço até mais rapidamente, você talvez não consiga entender muito bem o que se passa no longa. Vamos ver o que posso fazer por você então.
Nerve é o nome de um jogo online onde desafios são propostos aos players, enquanto os watchers ajudam a espalhar os vídeos que transmitem o desafio aceito. Desafio concluído, dinheiro na conta bancária do player. O jogo é atraente, divertido, perigoso, rentoso. Difícil ficar de fora. Ainda mais para uma garota insegura que vive à sombra da amiga bonita e popular do colégio e que descobre em Nerve a possibilidade de provar para si mesma que nem tudo parece ser como é, ou como fazem parecer. Una a esse plot uma trilha sonora esperta e moderninha, que te embala do começo ao fim do filme, fazendo parte ativa da história e tão rápida e efêmera como a própria narrativa. Não tem como não mencionar a forma como tudo salta aos olhos e nos deixam ali tão pertinho de Vee (Emma Roberts) que quase sentimos o cheiro de seu perfume – principalmente na sequência inicial do filme.

Tudo bem que a fórmula de nos colocarmos como primeira pessoa (nesse caso, tomamos o lugar da própria internet e smartphones tecnologias) já não é assim tão inovadora. Porém, transformar isso na mola propulsora da principal veia instigante do filme é onde o roteiro de Nerve pega essa geração de redes sociais e fãs de Dave Franco de jeito. Só que ao mesmo tempo em que parece que o jogo está ganho (e não me refiro ao jogo-título do filme aqui!), lá vem tropeços e papagaiada desnecessária na parte final do filme.
Toda a esperteza, agilidade e encantamento cai por terra. Cheguei a questionar o porquê da personagem de Juliette Lewis (Nancy, mãe de Vee) e se realmente precisávamos saber de detalhes que depois nem interferem em nada na trama – sim, estou falando do irmão de Vee.
Embora eu não acredite em finais que destroem filmes bons, aqui a tropeçada foi feia. Cada um, cada um. Que você vá ao cinema, se divirta e não deixe que o happily ever after te incomode. Ainda assim me arrisco a dizer que Nerve será uma das experiências mais gostosas numa sala de cinema em 2016.
Trailer:
Dados do Filme:
Título: Nerve – Um jogo sem regras
Título Original: Nerve
Diretor: Ariel Schulman, Henry Joost
Ano: 2016
Nota: 3.5/5.0
Cristiano Santos
Na Nossa Estante

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