13 horas [Resenha do filme]

Assistimos a mais uma cabine de imprensa, dessa vez 13 Horas – Os Soldados Secretos de Benghazi

Antes de mais nada, alguns fatos sobre 13 Horas – Os Soldados Secretos de Benghazi: 1º 99% dos atores tem barba, e aquele 1%, bigode; 2º tensão do início ao fim, bem ao estilo Michael-Bay-cinema-de-ser; 3º testosterona escorre para tudo que é canto da tela; 4º esse tem cara de ‘filme para macho ver’, mas que vai ter muita mulher e gay boquiabertos no cinema, vai; 5º filmes baseados em histórias reais saem com um pé na frente, certo? Taí, um filme de Michael Bay que finalmente consegui assistir inteiro – e olha que são duas horas e vinte de filme!

Tudo do Bayhem está ali: perseguições, explosões, muitos tiros, barulho, pelo menos uma loira sexy, drama, um toque de gore aqui, um pouco de intriga internacional ali. Seja lá quem tenha tido a ideia de transpôr para a telona o livro de Mitchell Zuckoff, parece ter acertado ao entregar o projeto nas mãos de Michael Bay. A reconstituição do ataque ao composto americano na Líbia, no dia 11 de setembro (ooohhhhh!) de 2012 está bem feita e bem dirigida. Até o elenco parece bem escolhido e, entre uma ou outra canastrice, conseguimos sentir um pouco da entrega de alguns atores – a exemplo de David Costabile, encarnando Bob, o chefe chato.

Benghazi já foi nomeada a cidade mais perigosa do mundo, e é nesse cenário que toda a trama se desenrola. Seis soldados se “aventuram” pelas ruas de uma Líbia ora tomada pelo terror, ora entretida com a terça-feira, dia do futebol no país. O filme narra uma dessas quase engabelações políticas que acaba virando um “acidente” internacional diplomático e o caos é instalado. As treze horas propriamente ditas do filme começam depois de um pouco mais de meia hora de história contada: meia hora que serve para mostrar um pouco de cada um dos nossos futuros heróis secretos. O campo é preparado. a tabuada é repassada, e o dever não terá escapatória. Todo filme de guerra acaba por assustar um pouco como vidas não dizem muita coisa, importam quase nada – tanto do nosso lado da batalha, quanto do inimigo. Porem, macho que é macho cumpre sua tarefa e, se preciso for, morre pelo seu país em combate. É heroico e vultoso – não deixando de ser, na verdade, uma grande estupidez humana. No entanto, Michael Bay gosta de celebrar grandes batalhas e heróis suntuosos.

Brinde: livro de Mitchell Zuckoff que deu origem ao filme da editora Bertrand Brasil

Uma estrela pelas pessoas ‘de verdade’ que passaram por essa; uma outra estrela por ser o primeiro filme de Bay que assisto até o fim sem parar e desistir pelo caminho; e uma outra pela tentativa dele de ser lembrado por algo que valha, de uma forma ou de outra, ser contado.

3.0/5.0
FICHA TÉCNICA
13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi
Título Original: 13 Hours : The Secret Soldiers of Benghazi
Ano: 2016

Diretor: Michael Bay

Cristiano Santos
Na Nossa Estante

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