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Doctor Who – Quinta, sexta e sétima temporada [Resenha de séries]

“Doctor Who” é uma série que me perseguiu por muito tempo, por onde eu olhava eu via uma referência a ela. Então, resolvi finalmente dar o braço a torcer e assistir a essa famosa série britânica! Como o Doctor se regenera sempre, mudando de personalidade, rosto e até mesmo com histórias diferentes, esta resenha é sobre sua décima primeira regeneração, ou seja, da quinta até a sétima temporada! E de cara, devo acrescentar que eu adorei Math Smith como Doctor. E Amy Pond quando criança é tão carismática quanto adulta.
O Doctor pra quem não sabe sempre tem um acompanhante e no primeiro episódio da sua décima primeira regeneração, ele aparece no quintal de Amy Pond quando ela tinha 10 anos. Amy estava pedindo ajuda do Papai Noel por conta de uma rachadura em sua parede que não parecia nada normal. E de fato não era. Doctor promete voltar pra resolver seu problema, mas como é bastante atrapalhado ele volta anos depois, quando Amy já é adulta! Amy fica conhecida como a garota que esperou! Apesar dos pesares, Amy embarca na Tardis com o Doctor, mas não embarca sozinha por muito tempo. Amy tem um noivo, Rory e quando conta ao Doctor que não quer mais casar pra ficar com ele, o Doctor imediatamente coloca Rory na Tardis para aproximar os dois novamente! E dá certo! Eu confesso que não gostei nenhum pouco da aparição do Rory porque eu tinha esperanças do Doctor se relacionar amorosamente coma Amy, mas depois Rory se mostra um homem tão apaixonado, capaz de proteger a amada por 2000 mil anos, que conquistou minha simpatia.
No começo “Doctor Who” pode parecer uma simples série de ficção, mas ela vai mais além do que isso. Doctor é um homem solitário, o último de sua raça, um homem que não gosta de violência, difícil não se simpatizar com ele! Eu acho que os Ponds (como ficaram conhecidos Amy e Rory) viveram grandes aventuras ao lado do décimo primeiro Doctor, mas sofreram bastante. Como Amy consegue superar a perda da filha, mesmo sabendo que ela se torna uma adulta feliz, eu não sei. Eu só sei que a relação dela com o Doctor é muito forte, forte o suficiente para ela nunca conseguir abandoná-lo por completo, sempre esperando a Tardis aparecer e levá-la para suas aventuras. Exceto em sua despedida, em que escolhe o marido e não o Doctor. Bastante compreensível. Aliás, este é o episódio que mais emociona, a trilha sonora, as lágrimas, as despedidas. Todos os atores perfeitos em cena, só ficou faltando uma melhor despedida entre Rory e sua filha, mesmo porque Rory nunca pareceu se emocionar verdadeiramente ao saber quem de fato ela era; pensei que ao menos no último episódio deles os roteiristas consertariam essa falha. Bem, nada é perfeito.
Depois de se despedir dos Pound na sétima temporada, Doctor encontra Clara e confesso que apesar de ser muito divertida e destemida, a série perde um pouco de seu brilho com a saída do casal.
Van Gogh arrasa nesse episódio!
“Doctor Who” acabou se mostrando uma série densa, tensa, dramática e divertida também. Doctor diz que não foge das coisas, pelo contrário ele vai de encontro a elas. De fato ele vai de encontro com todos os problemas do Universo, sempre tentando salvar a Terra e os inocentes espalhados pelo mundo, mas também é certo que ele foge da possibilidade de criar raízes.
O Doctor de Math Smith é emotivo e com complexo de Peter Pan, por sempre fugir da rotina que assola o mundo dos adultos e assim, ele leva consigo seus acompanhantes. Como Peter leva os irmãos Darling em suas aventuras. Além disso, como foi dito no penúltimo episódio da sétima temporada, o décimo Doctor era aquele que se lamentava e o décimo primeiro um homem que esquece as coisas, assim como Peter se esquecia facilmente.
“Doctor Who” pode ter vilões do século passado como os Daleks, mas pode também debater questões atuais. O certo é que o drama e a comédia são diluídos perfeitamente na série de modo a não fica enfadonho. Antes de terminar, vale ressaltar o penúltimo episódio da sétima temporada, uma verdadeira homenagem aos 50 anos da série, com o encontro das gerações de Doctor. Um final de temporada digno de lencinhos.
PS: Coisas que você só vê em Doctor Who: uma chave supersônica pode ser até que uma boa arma. Churchill era um homem gordinho e simpático, Hitler pode ser preso num armário, baleias espaciais são fofas, Nefertari era “porreta”, uma cabine policial pode ser maior por dentro, vampiros não existem, mas peixes alienígenas sim e por fim, nunca pare para apreciar uma estátua de anjo, você pode se arrepender profundamente (odeio os Anjos Lamentadores!)
Nota:

Michele Lima
Na Nossa Estante

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