Ontem fui ver um filme sensacional! Falo do Relatos Selvagens do diretor argentino Damián Szifron. Eu estava muito animada para ver o filme não só pela minha paixão pela hispânica, mas também porque já havia lido excelentes críticas sobre o longa e altos elogios ao diretor que ganhou o apelido de Tarantino argentino.
O filme é resultado de seis historietas independentes que tem como ponto em comum levar a seguinte reflexão: afinal, em situações limites o que somos capazes de fazer? Talvez seja possível ainda pensar em uma segunda questão de caráter existencialista: o homem é em sua natureza mau/violento ou é o sistema que nos leva a ser maus/violentos? Somos totalmente responsáveis por nossos atos ou o ambiente tem parcela de culpa quando somos movidos a realizar verdadeiras atrocidades, de forma tão fria que somos capazes de sentir prazer em meio a tais atos?
Damián Szifron nos choca e nos diverte em meio a essas questões. O filme começa cômico e tenso ao relatar um estranho caso de um voo em que se concentram pessoas que estranhamente conheceram em alguma fase de suas vidas uma mesma pessoa. O que começa com um tom de humor e da mais profunda casualidade acaba se revelando em um ato suicida e homicida do piloto que era a pessoa que reuniu todos os passageiros. Rapidamente somos levados a outro curioso e estranho caso de uma mulher que teve a oportunidade de encontrar um sujeito que acabou com toda a sua vida e a de sua família, descobrindo que o mesmo se candidata a prefeito. A cozinheira com um tom de justiceira lhe oferece a oportunidade de vingança, afirmando que o mal e a injustiça é quem controlam a sociedade, sendo o destino de pessoas justas e corretas, como ela, era apenas de serem punidas por esse sistema desigual e opressor. A única forma de virar o jogo era resistindo e exterminando pessoas más. A narrativa mais uma vez culmina em morte e somos mais uma vez direcionados a outra história. Até que o filme acaba e ficamos com a impressão que fomos bombardeados de informações de um modo cômico, por sinal muito inteligente, mas sem a menor possibilidade de darmos uma resposta as perguntas já descritas aqui que se repetiram por seis vezes.
A sensação ao sair do cinema é que: (1) não somos tão racionais como gostamos de crer; (2) certa animação misturada com angústia, porque a pergunta feita é difícil de ser respondida e (3) qualquer um poderia passar por uma daquelas histórias.
Enfim, recomendo o filme e deixo a seguinte pergunta para vocês: o homem é mau por natureza ou é o ambiente que torna o homem mau?
Até a próxima!
Bjs, Ju
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Ju, que difícil essa pergunta! Acho que o ambiente transforma a pessoa, tanto para o lado bom quanto para o lado ruim! Quero muito assistir a esse filme, você me convenceu rs
Beijos,
Caroline, do criticandoporai.blogspot.com
Gostei da sua dica. Não tinha visto esse filme em nenhum lugar ainda. Acho que não saiu no cinema aqui da minha cidade. Se der vou assistir.
Blog Prefácio
Olá! Não conhecia o livro, mas achei ele muito interessante, quero ver! Só não sei se está passando na minha cidade.
http://www.whoisllara.com/
Ainda não conhecia esse filme,mas achei ele super interessante e vou procurar para assistir já que agora estou com um tempinho rsrs.
Ótima resenha.
Beijos
http://nadadecontodefadas.blogspot.com.br/
Não conhecia esse filme
Mas gostei bastante da resenha, bem profunda
E esses filmes que nos fazem refletir sobre a vida humana são sempre inesquecíveis
Beijos
http://pocketlibro.blogspot.com.br
Eu acho que o ambiente influencia sim. Tudo o que é vivo deve se adaptar ao ambiente e não o ambiente àquilo que é vivo e dessa forma não só o físico, mas também o psicológico acabam se moldando com o passar dos anos e sobrevive aqueles que se adaptam mais facilmente. O filme parece ser bem legal, inclusive, graças ao seu post, ele está na lista dos filmes que eu preciso assistir urgentemente :)
http://www.pampilho-ordinario.com
acredito que o homem é mal, mas esse mal só será revelado no ambiente certo!
para alguém evangélico, dizer isso é um horror, mas essa pode ser mesmo a verdade.
eu, por exemplo, sou impulsivo ao ver algo que me desagrada ou contra o que levo pela vida, e, do homenzinho bom, alegre e simpático, surge om brutamontes raivoso, irônico e ameaçador.. isso um dia acaba, se por acaso eu for livre de mim mesmo. rsrs
ótima resenha de filme.
gabryel fellipe - quimeras mirabolantes
Nossa, fiquei com medo de saber que qualquer um pode passar por isso. De fato, é né... Somos cabíveis a tudo.
Adorei e com certeza leria o filme
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Que dica incrível!!! Eu não conhecia o filme e já quero ver!!!
Adorei!!!
Bjks
Lelê - http://topensandoemler.blogspot.com.br/
Oi Ju!
Não conhecia o filme e fiquei na curiosidade. Como uma das minhas metas desse ano é ver um filme "novo"por semana, já incluí esse na minha lista. Parece ser muito bom!
Beijos
Coisas de Meninas