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Atlantis [Resenha de séries]

“Quando eu era pequena lá em Barbacena…” Quem conhece esta expressão e sabe de onde ela veio, é do tempo em que se criticava muito a troca de programas brasileiros por “enlatados” americanos.
“Quando eu era pequeno lá em Barbacena…” é uma expressão que fez parte do quadro “Escolinha do Professor Raimundo” que segundo a Wikipédia foi exibido por 38 anos e era dita pelo humorista Antônio Carlos Dias, pai da atriz Glória Pires. É desta época também a expressão “enlatados” americanos. Eu assistia “A Família Walton”, “Batman e Robin”, “Star Trek” e já gostava.
Com a chegada da TV à cabo no Brasil, estes enlatados começaram a ser chamados de séries e atrair mais o público brasileiro. Com a globalização, a internet banda larga e o milagre do download (porque gente é milagre, uma coisa tão maravilhosa como o download só pode ser milagre), ninguém mais conseguiu impedir a forte atração do espectador brasileiro pelos programas estrangeiros. E vamos combinar, as séries americanas são muito boas, criativas, interessantes e evoluídas. Há quantos anos a TV americana já exibiu o tal falado aqui e agora beijo gay? Em Glee temos o casal mais fofo e gay que eu já vi, Kurt e Blaine arrancam suspiros de gays, de heteros e de quem nem sabe o que é isso ou aquilo.
Das séries americanas todo mundo sabe, todo mundo vê, mas existe um mundo enorme, não explorado, que passa na TV de um tanto de gente bem longe daqui e a primeira vez que me aventurei para fora das Américas foi quando assisti “Merlin”, uma série produzida na Inglaterra.
                                                              Arthur e Merlin
“Merlin” contava a história do Rei Arthur sob a ótica de um Merlin serviçal, que cuidava do príncipe Arthur e que tinha como amiga e também serviçal, Guinevere que se torna a rainha de Arthur. A magia era proibida e Merlin era engraçado, divertido e a construção de sua amizade com Arthur trouxe leveza à série. O último episódio levou junto minhas lágrimas e meu coração, prefiro este Merlin a qualquer outro que existiu ou que venha a existir.
Gostei tanto da série inglesa que resolvi me aventurar a assistir “Atlantis”, um novo projeto com 13 episódios também e que desta vez conta a história de Jason, um rapaz do nosso tempo que “cai” em Atlantis e recebe ajuda de Pitágoras e seu amigo Hércules, que por acaso é gordo e covarde. Com um Rei tirano, uma Rainha feiticeira e uma Princesa que se apaixona por Jason, o herói que ajuda o povo pobre e oprimido apesar de não saber por que está ali, naquele tempo, com aquelas pessoas, adquirindo poderes que não tinha e aguardando as respostas que o Oráculo prometeu que ele teria, a série me conquistou.
                                                        Hércules, Jason e Pitágoras
Assim como “Merlin”, “Atlantis” segue a linha da liberdade criativa apoiada no conhecimento da velha e instigante mitologia grega. É divertida, alegre, uma aventura original, apesar de contar com velhos e muito conhecidos personagens.
Se nada disso aguçar sua curiosidade ao ponto de querer investir na série, assista ao primeiro episódio só pra ouvir os atores falarem o inglês britânico que é muito mais charmoso, apesar da impressão de que eles falam com uma batata quente na boca!
Deus salve a Rainha, o humor inglês e a batata quente.
E não me deixem esquecer de contar para vocês da série francesa que assisti sobre os mortos que voltam à vida e batem na porta de seus parentes.
Nota:
Beijos
Marise
Na Nossa Estante

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