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Comer, Rezar e Amar [Resenha do Filme]

“Comer, Rezar e Amar” (Eat Pray Love, 2010) conta a história de Liz (Julia Roberts) que é mulher madura, casada, que percebe que está infeliz com sua vida e resolve se divorciar. O divorcio é difícil, doloroso e Liz logo se entrega a uma nova paixão, David (James Franco), um ator bem mais novo que ela. No entanto, suas angustias e a solidão a dois insistem em persegui-la, até que Liz resolve viajar. Bom, não é qualquer um que consegue viajar por um ano como forma de terapia, mas Liz é escritora e mesmo com os problemas financeiros causados pelo divórcio, ela sai em busca de seu equilíbrio.
Como mostra bem o título, o filme é dividido em três partes: comer, rezar e amar. A primeira parte, a da comida, é na Itália, o primeiro ponto turístico de Liz. Provavelmente não havia lugar melhor para falar de comida do que a Itália. Liz desconta toda a sua frustração e a ausência de sexo comendo! Esta é a parte do filme mais leve e divertida, a começar pela dona da casa que Liz aluga, pois segundo a senhora, uma mulher americana na Itália só pensa em duas coisas: massa e salsicha. E a salsicha não é a comida! Depois os comentários a respeito dos italianos são muito divertidos como, por exemplo, o fato de que não se fala italiano com a boca e sim com os gestos! Além de nos mostrar alguns palavrões em italiano.
Depois de se esbaldar, a ponto de deixar o telespectador com fome e depois cheio de ver tanta comida, Liz parte para Índia. A parte do “rezar” é mais introspectiva e Liz reflexiona um pouco sobre sua vida. Foi nessa parte da história que percebi que Julia interpreta uma personagem que faz com que a vejamos como uma mulher bem mais madura do que eu gostaria de ver em Julia Roberts, já que para mim ela é a eterna “Linda mulher”.
O último ponto do filme, o “amar”, se passa em Bali, uma ilha visitada por Liz logo no começo do filme. Liz encontra Felipe, um brasileiro vivido por Javier Bardem. Demorei bastante para perceber que parte da trilha sonora era brasileira, com direito a bossa nova. O sotaque de Bardem está muito bom e nós brasileiros não somos retratados de maneira caricata, o que fez o filme ganhar muitos pontos comigo. A melhor parte da história de ser “brasileiro” é quando Felipe elogia Liz dizendo que ela é uma falsa magra e isso era perfeito, uma vez que de longe parecia magra, mas de perto ela tinha “carne”!
O filme não foi um sucesso de crítica, tanto que pensei que “Comer, rezar e amar” ou era vazio demais, sem história, ou era denso demais a ponto de me sufocar. A verdade é que o filme é bem tranquilo, divertido e retrata uma história muito interessante. A cada passo que Liz dava era uma nova surpresa. Entendo que os críticos queriam ver mais drama, principalmente o papel sendo de Julia Roberts, mas acho que ela conseguiu dar o tom correto a personagem, embora eu ainda não tenha lido o livro (de Elizabeth Gilbert).
Com uma linda fotografia, com uma boa trilha sonora e um excelente enredo e seleção de atores, “Comer, rezar e amar”, vale a pena ser conferido, mas isso se você estiver no clima de filmes desse estilo, não espere muitas lágrimas, dor, ação ou aventura, o filme é simples como nossas vidas, cheia de descaminhos, mas ainda assim normal.
Nota:
Michele Lima


PS: esta resenha também já foi publicada no blog Notas de Rodapé
Na Nossa Estante

View Comments

  • Também ainda não li o livro, mas quero muito. Fiquei morgando para ver esse filme, justamente pelas críticas pesadas que lançaram nele, mas um belo dia tomei coragem e fui assistir...
    Não me arrependei, ler sua resenha me fez relembrar todos os bons momentos que passei com o filme, é daquele que faz com que você pense bastante me como está levando a vida. kkkk A parte da Itália foi uma das que mais gostei porque ficava com água na boca quando ela saboreava aquelas pizzas maravilhosas. Me divertir horrores com ela aprendendo a falar italiano. kkk A trilha sonora é muitoo gostosinha mesmo.
    Beijos!
    Paloma Viricio-Jornalismo na Alma.

    • É por isso que não gosto dos críticos de cinema, eles não entendem o público! rsrsrsrsrs

      Bjs, Mi

  • Eu gostei muito do filme. Assisti no cinema porque estava com preguiça de ler o livro. Eu me emocionei com a parte do "rezar" por causa da menina que não podia estudar porque fora prometida para um sagitariano ditador kkkk, mas tb por causa do cara que implica com a Liz que teve um problema com o filho (não lembro bem o que, mas acho que ele quase atropelou o filho porque estava bêbado). O que não gostei foi de um pequeno erro da pesquisa sobre o brasil. De onde eles tiraram que é costume aqui no Brasil o pai beijar o filho na boca? Eu nunca vi isso por aqui, na verdade só vejo em filme de mafioso ítalo-americano kkkkkk.

    • Não li o Livro Cássia,mas já escutei esse mesmo comentário, qualquer dia desses eu leio só pra saber se é tão ruim assim! rsrsrsrs

      Bjs, Mi

    • Sério Sora? Bom, acontece! Tem tanta coisa que muita gente gosta e eu não! kkkkk Vai ver que pq eu não esperar muito do filme acabei gostando dele! rsrsrsrs

      Bjs, Mi

  • Eu não me interessei pelo filme pela nota que ele tinha nas críticas, então nem pensei em ler a sinopse hahaha
    Acho que vou arriscar a assistir um fim de semana desses só para ver a parte na Itália!

    • Eiti, o filme pode até não te agradar, mas não confie muito nos críticos de cinema, eles sempre reclamam de alguma coisa rsrsrsrsrs

    • Tb adorei a trilha Danielle! E eu sempre acabo vendo os filmes da Julia, de qualquer jeito kkkkkkk

  • Mi, eu também gostei muito desse filme. Não esperava nada dele, tanto que assisti quando passou na globo em uma dessas minhas madrugadas insones e solitárias. Mas achei surpreendentemente bom, uma história redonda, bem contada, com música e trilha sonora muito boa. Excelente para passar o tempo e sonhar acordada.

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